Um crime Hediondo
COTIDIANO
Publicado em 18/09/2023

Hediondo é o termo utilizado para tipificar os crimes mais torpes. Pela legislação vigente, estão incluídos nessa categoria o homicídio praticado por grupos de extermínio, o sequestro, o genocídio, o tráfico internacional...

A lista prossegue e, dentre outros, desde 1998 inclui também "falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais", ou seja, a falsificação de remédios que, uma vez ministrados, ou não surtem efeito algum ou até pioram o quadro de saúde do paciente.

Em outras palavras, o que se comprovou na semana passada, no Paraná, é um dos crimes mais horrendos e que, por isso mesmo, não pode ficar impune. Se a artimanha macabra não tivesse sido descoberta, milhares de paranaenses portadores tomariam um antibiótico barato no lugar de imunoglobulina, um medicamento caríssimo utilizado no tratamento de pacientes com câncer no sangue, doenças autoimunes e de transplantados.

E para que o caso não fique por isso mesmo, como ocorreu com tantos outros escândalos com medicamentos no passado, a Frente Parlamentar da Medicina da Assembleia Legislativa está determinada a ir às últimas consequências.

"A canalhice dos corruptos ultrapassou todos os limites. Os responsáveis por isto devem ser punidos com o mais extremo rigor da lei", sentenciou o coordenador da Frente, deputado Ney Leprevost. "Vamos acompanhar com atenção o desfecho das investigações", acrescentou. Que assim seja! (Foto: Pixabay)

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