Rose Traiano atuava como membro titular da Junta Administrativa de Recursos e Infrações (JARI) no Detran e integrava os conselhos de Administração da Cohapar e Tecpar.
Rose Aparecida Antônio Traiano, esposa do presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Ademar Traiano (PSD), foi exonerada dos cargos que ocupava no Governo do Paraná
Ela atuava como membro titular da Junta Administrativa de Recursos de Infrações (JARI) do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran).,
O decreto de exoneração foi publicado no Diário Oficial do Estado no dia 8 de dezembro e é assinado pelo governador Ratinho Junior (PSD) e pelo chefe da Casa Civil João Carlos Ortega. Veja:
Como membro da junta administrativa do Detran, Rose recebia R$ 6.503,20 por mês. O valor era pago por meio de jetons, ou seja, um tipo de remuneração por presença a cada reunião ou sessão que os membros de um conselho, assembleia, colegiado comparecem.
Entre janeiro e outubro deste ano, a esposa de Traiano recebeu R$ 58.528,80.
Rose Traiano também integrava o Conselho de Administração da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar). Segundo o Portal da Transparência, ela trabalhava na função desde 22 de março deste ano e recebia um salário de R$ 5.986,54.
A esposa de Traiano ainda fazia parte do Conselho de Administração do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), onde recebia R$ 4.789,24 pela função.
No caso dos conselhos, o pedido de desligamento foi formalizado pelo governador por meio de ofícios, onde solicita a desconsideração da indicação de Rose Traiano a partir de 30 de novembro.
Em nota, o Governo do Paraná informou que "a senhora Rose Aparecida Traiano não é servidora e não ocupa cargo no Governo do Estado do Paraná" e que ela "fez parte dos conselhos da Cohapar, Tecpar e Detran, dos quais pediu exoneração no início deste mês".
Relembre o caso
A assessoria do deputado enviou um documento ao g1 em que Rose Traiano pede exoneração da função que ocupava no Detran. Veja:
Traiano confessou ter pedido e recebido propina
Ao Ministério Público, Traiano e Plauto admitiram terem recebido vantagem indevida do empresário Vicente Malucelli, que era um dos responsáveis pela TV Icaraí. O veículo de comunicação venceu uma licitação para planejamento e produção de conteúdo da TV Assembleia.
Traiano e Miró se comprometeram a pagar o valor de R$ 187 mil a título de reparação. O pagamento deverá ser feito em uma única parcela.
Em nota, Ademar Traiano reiterou o "compromisso inabalável com a verdade e com a justiça".
A nota informou que Traiano já formalizou um acordo com o MP-PR, devidamente homologado pelo Judiciário, e que o deputado não está envolvido em nenhum processo em curso, não possui condenação criminal e não enfrenta qualquer pendência com a Justiça.
O ex-deputado Plauto Miró não retornou as tentativas de contato da reportagem.