Adequação de lei impede que a Ferroeste venha a ser desativada
POLITICA
Publicado em 29/08/2024

Pelo visto, o suntuoso projeto da Nova Ferroeste foi mesmo para as calendas, pois a prospecção de investidores não produziu o resultado esperado. A alternativa que restou, segundo o Governo do Estado, que detém 99,6% das ações, é mesmo a privatização, cuja lei aprovada pela Assembleia Legislativa foi sancionada pelo governador Ratinho Junior e pode ser acessada neste LINK.

A proposta original recebeu uma importante emenda na Assembleia, obrigando quem vier a assumir a ferrovia a manter a estrada atual ativa, ou seja, levando a produção do Oeste do Paraná até Guarapuava e depois ao Porto de Paranaguá.

A modelagem definida para a privatização, que ainda levará um bom tempo, também contempla um pacote de investimentos na ferrovia e no terminal da empresa em Cascavel, modernizando as estruturas já existentes. Esse mapeamento também vai apontar o valor da empresa (valuation) e embasar as discussões que serão promovidas com o setor produtivo. Todo esse processo pode levar até 18 meses.

O Estado diz que o objetivo é potencializar os investimentos no modal ferroviário, promover redução de custos logísticos para o setor produtivo e apoiar a expansão das cooperativas e da produção agropecuária do Paraná nos próximos anos.

 

ACIC SE POSICIONA

Em Cascavel, a desestatização foi debatida em reunião na Acic com a participação do presidente da Ferroeste, André Gonçalves, que apresentou em detalhes ao empresariado como deverá ser a privatização do trecho atual, que tem 248 km de trilhos.

O presidente da entidade, Siro Canabarro, ponderou que há preocupações pontuais que precisam ser consideradas. Segundo ele, o Estado não deve se desfazer da estrada sem antes resolver outros problemas relacionados à infraestrutura ferroviária, principalmente a concessão do trecho entre Guarapuava e Porto de Paranaguá.

A Acic destacou, ainda, que o atraso no transporte de cargas entre Cascavel e o Litoral, que pode levar até sete dias, é causado por gargalos na Serra da Esperança, localizada em Guarapuava, no perímetro urbano de Curitiba e na descida da Serra do Mar.

Esses problemas, segundo Siro, são críticos e precisam ser resolvidos para garantir a eficácia da privatização. Os empresários também manifestaram preocupação com o prazo e sugiram que desestatização seja antecedida de análise e solução dos problemas na Malha Sul, que afetam o trecho a partir de Guarapuava em direção ao porto. (Foto: Divulgação)

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