Quarto colocado no primeiro turno da disputa pela Prefeitura de Curitiba, Ney Leprevost (União) atribuiu o mau desempenho à aliança com o senador Sergio Moro (União-PR). A vice na chapa do candidato era a esposa do ex-juíz, a deputada federal Rosângela Moro (União-SP).
“Comecei a perder a campanha quando cometi o erro de aceitar o pedido do União Brasil nacional de colocar a mulher do Moro de minha vice. Eu gosto da Rosângela, ela é boa gente, uma querida. Mas o Moro atrapalhou. Ele começou a achar que o candidato era ele. E ele agregou muita rejeição à campanha. Porque ele é visto em Curitiba como o carrasco do Lula e o traidor do Bolsonaro”, disse Leprevost em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
“A partir do momento que ela [Rosângela] virou minha vice, o Moro passou a achar que eu era um fantoche dele, para ficar fazendo a pré-campanha dele de governador. E eu era um candidato para competir de verdade. Aí começou a ter um estresse. Ele começou a plantar por aí que ele estava sendo boicotado na campanha”, continuou o político.
Leprevost afirmou ainda que Moro é “ruim de lidar, de difícil trato e vaidoso”, e assinalou ainda que o fato de Deltan Dallagnol (Novo) ter apoiado outro candidato, Eduardo Pimentel (PSD), também pode ter atrapalhado a campanha ao causar uma cisão no eleitorado lavajatista.
O segundo turno na capital paranaense será disputado por Pimentel (PSD) e Cristina Graeml (PMB). O União, partido de Leprevost, adotou posição de neutralidade e liberou os filiados para declararem apoio a qualquer candidato. Nem Leprevost nem o casal moro se manifestaram favoravelmente a nenhum dos candidatos que estão no segundo turno do pleito.