Um dia depois do leilão do Lote 6 do novo pedágio, que envolve rodovias que federais e estaduais que cortam as regiões Oeste e Sudoeste, a Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) se posicionou expressando preocupação com a disparidade de preço em relação a outros lotes provocada pela falta de concorrência, que levou a um desconto de tão somente 0,08%, quando o lote leiloado na semana passada teve quatro concorrentes e um deságio de 26,6%.
A entidade, que é presidida pelo empresário cascavelense Edson Vasconcelos, apontou para a diferença gritante do custo por quilômetro rodado entre os lotes já leiloados. Nos Lotes 1 e 3, o custo médio ficou em R$ 10,00; no Lote 2, em R$ 11,00; e no Lote 6, ficou na casa dos R$17,00. Essa disparidade, que chega a quase 70%, representa um desafio considerável para a competitividade industrial, especialmente para as regiões mais distantes do Porto de Paranaguá, um fator crucial para exportadores e indústrias locais.
A Fiep também pontuou sobre a importância de garantir a execução das obras previstas no contrato e de buscar alternativas para reduzir o impacto dessa diferença tarifária nas diversas regiões do Estado, levando em conta o papel estratégico da infraestrutura para o desenvolvimento econômico do Paraná.
"A Federação das Indústrias vê com um pouco de decepção, até frustração o leilão do Lote 6, a falta de concorrência comparativa ao Lote 3", afirmou Vasconcelos. "Temos de refletir como minimizar esse impacto ao longo da concessão. Ou seja, achar caminhos para poder fazer obras colocando recursos públicos para descarregar um pouco a tarifa, de modo que tenhamos equilíbrio regional. Caso contrário, as empresas que estiverem nessa região terão prejuízo, principalmente em se tratando de corredores de exportação", acrescentou. (Foto: Roberto Dziura Jr/AENPR)